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quarta-feira, dezembro 28, 2005

Shakespeare em decadência

Está em cena, até dia 30, Romeu e Julieta de William Shakespear encenado por John Retallack no Teatro S. Luiz, seguindo depois em itenerância pelo país e ilhas.

A interpretação é de Marco D'Almeida, Carla Chambel, Gonçalo Waddington, Albano Jerónimo, Diogo Infante, André Gago, João Lagarto, entre outros.

De interpretação, posso dizer que foi muito fraca. A projecção de voz dos actores, excepto Diogo Infante, Albano Jerónimo e João Lagarto, foi muito fraca ou até mesmo nula, no caso de Valerie Braddel.

Foi um corre corre um sai e entra no palco e na sala que acabava por desviar a atençaõ dos espectadores. Pode mesmo dizer-se que não teve uma sequência, conforme o livro de William Shakespear.



Tentou-se fazer outra versão da peça, mas o resultado foi muito mau.
Misturar a linguagem de Séc. XVI com a do Séc. XXI, não foi muito bem sucedido.

A tradução e adaptação da tragédia amorosa, a cargo de Fernando Villas Boas , não se pode dizer que tenha sido brilhante, como de "A Tempestade", que esteve em cena no mesmo palco no ano passado, porque enquanto na primeira se utilizaram poucas falas contemporâneas, não alterando a peça, em Romeu e Julieta foi completamente diferente, chegando mesmo a cair no ridiculo.


Pouco ou nada se sabe da vida de William Shakespear antes de 1592. Sabe-se que nasceu em Stratfor - Avon, Inglaterra, em 1564 e pouco mais.

Em 1594, quando já era actor e dramaturgo com alguma projecção, junta-se ao grupo teatral "Lord Chamberlain's Men".


Alguns anos mais tarde foi construido o "Globe", teatro onde durante uma década apresentou as suas obras.


Foi considerado o melhor e mais importante teatro de Londres durante vários anos.

Em 1612, devido a um incêndio, durante a representação da peça "Henrique VIII", o "Globe" ficou totalmente destruido.

Pensa-se que William Shakespear voltou para Stratford nesse mesmo ano, onde terá passado o resto da sua vida com a familía até à sua morte quatro anos depois.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Pois, um bocado constrangedor comentar o incomentável mas de qualquer das maneiras não posso deixar de concordar contigo em quase tudo o que dizes. No entanto o que mais me aflige é a incapacidade de se romper com a tradição que, segundo me parece seria o objectivo, objectivo este já alcançado tanto em teatro como em cinema. Quanto aos actores são os que temos.

11 janeiro, 2006 19:09  

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